terça-feira, 5 de agosto de 2014

A solidão como caminho


Às vezes eu me sinto tão frágil e desprotegida, que dessa impressão, eclode
o mais sólido amor. Um amor afável, suave, bordado de delicadezas, de gestos refinados que me reportam à dor alheia, ao sofrimento de quem, naquele exato momento, atravessa pela mesma sensação. Então do meu peito brotam emoções conflituosas, misto de dor e afeição por aqueles que se abandonam ao isolamento dessa fragilidade e, vivem seus retiros, entregando-se aos encantos da solidão, onde podem sofrer isentos de culpas, alheios aos olhares desatentos da humanidade. É um conflito armado entre a dor de perceber-me fragmentada e, a comoção diante de tantos outros seres desprotegidos, física e espiritualmente. Não há saída, entretanto, a não ser esperar que esse estado alcance um final feliz. Nenhum edredom, nenhuma canja quentinha, nenhum medicamento trará resultados favoráveis ao que sinto. É só fechar os olhos e caminhar pelas veredas da magia dos sonhos. Amanhã será outro dia...

6 comentários:


  1. Nossas angústias, as angústias alheias... Nossa esperança, que não cansa. Beleza em cada um dos seus textos. A beleza do "ser". Com a delícia e a dor de sermos quem somos.

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  4. Oi Sandra,
    O seu blog é digno de uma consagrada.
    Adoro o que escreve, suas idas e vindas da sua imaginação me inspira
    Eu tenho e-mail, olhe no visualizar perfil, sai embaixo e eu lhe mando o código do hamster.
    Amanhã eu vou postar um miniconto no Lua Singular. No começo parece conto de criança, mas não é. Gosto de impacto.
    Obrigada pelo carinho e fique a vontade em copiar o que quiser dos dois blog.
    Uma linda noite
    Beijos
    Mundo dos Inocentes

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  5. Oi Sandra,
    Desculpa a omissão de uma palavra na primeira linha. Estou morrendo de sono.
    Beijos
    Mundo dos Inocentes

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  6. Texto maravilhoso, Artur da Távola dizia "quem tem vida interior, jamais padecerá de solidão".
    Acredito.
    Um beijo.

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