sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Fábula de quimera: Fábula poética que deu nome ao blog.

Pra meu encanto, um beija-flor, em vez da flor, me beijou no jardim.
A flor, pobrezinha, pôs-se a chorar de desencanto, e atirou-se ao vento, e ao chão despedaçou-se.
O beija-flor arrependido fez um voo rasante, tentando, em vão, socorrer a pobre flor.
Desiludido, voou longe, pra muito longe, e nunca mais voltou.

E eu, até hoje carrego em mim opostos sentimentos: uma felicidade constante por ter sido a escolhida naquele momento; e uma dor dilacerante, por ter sido a musa daquele triste evento
.

2 comentários:

  1. Que meigo e lindo, Sandrinha!
    Você foi a musa do beija-flor!
    Beijo grande!

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  2. Fenomenal, Sandra.

    Sensibilidade ímpar.

    Gostei tanto dessa postagem. É como uma flor almejando a primavera na forma do pouso pitoresco de um beija-flor.

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